qua. out 16th, 2024

A Raimunda é auxiliar de cozinha e trabalhava em um restaurante japonês quando foi avisada de que seria desligada. Ela não desanimou e logo iniciou a busca por uma nova vaga, distribuindo currículos em diversos restaurantes. Assim que terminou o aviso prévio, conseguiu um novo emprego. “Eu me sinto mais segura trabalhando de carteira assinada porque tenho duas crianças para criar. Eu gosto de trabalhar nessa área e estou muito feliz trabalhando aqui com eles”, disse Raimunda.

Raimunda faz parte do grupo de trabalhadores brasileiros que conquistou um emprego com carteira assinada no mês de junho. Números do CAGED mostram que, no período, o Brasil criou quase 202 mil empregos, um aumento de aproximadamente 28,5% em relação a junho de 2023. O levantamento mostrou ainda que o Brasil criou 1,3 milhão de novos postos de trabalho desde o início do ano e, nos últimos 12 meses, o número de novas vagas chega a quase 1,7 milhão.

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) demonstrou um aumento nas cinco categorias pesquisadas, com destaque para o setor de serviços, que gerou 87,7 mil vagas, seguido do comércio, indústria, agropecuária e construção civil. Outro dado importante foi a geração de novas vagas em 25 estados e no Distrito Federal. A única unidade da federação que apresentou saldo negativo foi o Rio Grande do Sul, que vive os efeitos da tragédia climática que atingiu o estado.

“O Estado do Rio Grande do Sul tem uma economia pujante, forte e vai reagir. Está reagindo. Se olharmos a velocidade das demissões, esperava-se, pelo tamanho da catástrofe, demissões em maior número, mas isso não aconteceu”, afirmou o ministro do Trabalho e Emprego.

O ministro avalia que o aquecimento do mercado de trabalho traz ganhos tanto para os trabalhadores quanto para os empregadores. “Se você tem um mercado aquecido, isso pressupõe possibilidades de elevação salarial. Porque, se tem mais vagas ofertadas com menos mão de obra, há a possibilidade de crescer o salário que está muito baixo no Brasil. Não é porque o ministro quer crescer os salários, então isso vai gerar um problema. Não, isso vai gerar solução. Porque quanto maior a renda dos trabalhadores, da massa salarial disponível no país, significa melhorar o nível de consumo das famílias”, explicou o ministro.

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