Abigail, aluna do ensino médio em Fortaleza, Ceará, quase desistiu de estudar. Criada por uma mãe solo, ela conseguiu continuar os estudos graças ao programa Pé-de-Meia. “Eu já trabalhei como doméstica, babá, vendi lanches, fiz de tudo para chegar até aqui. Pensei em desistir porque precisava escolher entre trabalhar ou estudar, mas o Pé-de-Meia me deu a oportunidade de estudar sem me preocupar com o financeiro. Agora posso focar nos meus estudos e me preparar para a universidade. Quero cursar pedagogia para ajudar outros jovens.”
Vitória Laísa também é beneficiada pelo programa. “Minha mãe teve que parar de trabalhar para cuidar do meu pai, e passamos a viver só do Bolsa Família. Comecei a fazer bolos e trufas para vender na escola, mas estava muito difícil. O Pé-de-Meia entrou na minha vida como um alívio, porque agora recebo dinheiro para estudar e participar das aulas. Com essa ajuda, sei que meus pais, que tanto lutaram, vão me ver conquistando tudo.”
O programa Pé-de-Meia atualmente atende cerca de 2 milhões de alunos. A partir de agosto, estudantes de famílias inscritas no CadÚnico e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) também serão beneficiados. Com um investimento anual de quase 8 bilhões de reais, o programa oferece educação financeira e permite que os jovens abram contas eletrônicas para receber os benefícios.
Conhecido como “poupança do ensino médio”, o Pé-de-Meia transfere nove parcelas de 200 reais como incentivo para que os alunos continuem estudando e não abandonem a escola para trabalhar. No final de cada ano letivo, os estudantes recebem mais de mil reais, além de um bônus de 200 reais pela participação no Enem. O valor total pode chegar a 9.200 reais para alunos que completarem todo o ensino médio.
Desde o início do programa, a frequência média dos estudantes foi de 86% em março e 88% em abril. O presidente anunciou a ampliação do programa, com 1,2 milhão de novas vagas. “Estude para dar orgulho aos seus pais. Esta é uma oportunidade. Muitos diziam que eu ia gastar muito dinheiro com este programa, mas eu dizia que não é gasto, é investimento.”