A cada três meses, a imprensa foca suas atenções no Produto Interno Bruto (PIB), pois essa é a frequência com que o PIB brasileiro é calculado. Nos últimos tempos, as manchetes têm sido bastante similares, com o índice econômico contrariando as previsões. Mas será que isso é motivo para comemorar ou ficar preocupado? Você sabe?
O PIB tem crescido acima do esperado no Brasil. Quando ele aumenta, isso significa que o país está crescendo. Contudo, o ponto crucial é entender quem realmente se beneficia com esse crescimento.
O Produto Interno Bruto é a soma de tudo que um país produz em bens e serviços, funcionando como um termômetro da economia, indicando se um país está em crescimento ou recessão. O PIB é uma consequência direta da produção, venda e consumo no país. Para tentar simplificar, imagine uma fábrica de tintas para cabelo. Se quisermos calcular o PIB de um kit de tintura, ele seria o resultado da soma de todos os gastos para sua produção (água, pigmento, embalagem) subtraído do valor pago pelo salão de beleza.
Você pode pensar que o aumento do PIB só faz diferença para quem tem muito dinheiro, mas isso não é verdade. Uma economia aquecida é sinônimo de crescimento da demanda por mais produtos e serviços, o que resulta em maior oferta de empregos e melhores salários. Logo, o poder de compra do trabalhador também cresce junto com o PIB.
E então, são apenas as grandes empresas que contribuem para o aumento do PIB? De forma alguma. Micro e pequenas empresas correspondem hoje a cerca de 30% do PIB brasileiro, com um faturamento anual que pode chegar a 3 trilhões de reais. Esse setor é responsável por mais de 75% dos empregos gerados no país.
Embora o PIB tenha um papel importante, ele não pode ser visto isoladamente quando se avalia a economia de um país. A inflação e a taxa de juros também são índices importantes para saber se as contas estão no azul.