qua. out 16th, 2024

Dentro do G20, o grupo de trabalho de Redução de Riscos de Desastres reúne estratégias para prevenir riscos associados a catástrofes decorrentes das mudanças climáticas. Os debates, que contam com representantes de governos e da sociedade civil, fazem parte de uma série de reuniões ao longo do ano sob a presidência brasileira do G20. O grupo é coordenado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

O ministro Valdes Gois, que participou da reunião, destacou os desafios globais impostos pelas mudanças climáticas e defendeu a importância da inclusão social e da luta contra a fome e a pobreza para o avanço do desenvolvimento sustentável e a redução das vulnerabilidades. “Temos hoje no Brasil acima de 10 milhões de pessoas vivendo em áreas de risco alto e muito alto. Sem olhar para estas pessoas, não vamos ser efetivos na promoção da redução dos riscos de desastres. Abordar a desigualdade e a vulnerabilidade está no cerne da redução do risco de catástrofes,” afirmou.

Para garantir que a vulnerabilidade da população em risco seja abordada, é necessário reorientar os financiamentos e investimentos, direcionando esforços para infraestrutura, sistemas de alerta precoce, recuperação, reabilitação e desenvolvimento sustentável. O ministro também anunciou iniciativas brasileiras para mitigar riscos associados a desastres, em parceria com os Ministérios do Meio Ambiente e das Cidades, e em colaboração com outros órgãos governamentais. Utilizando tecnologias e informações disponíveis, serão identificados os municípios mais suscetíveis a desastres para estabelecer políticas de gestão de risco nessas localidades.

Na última sexta-feira, o presidente Lula anunciou, durante o lançamento do novo PAC, mais investimentos no eixo de cidades sustentáveis e resilientes, totalizando mais de R$ 41,7 bilhões em obras que contemplam 899 empreendimentos. O ministro enfatizou que, além dos esforços nacionais, é essencial assegurar o acesso a recursos internacionais para fortalecer a capacidade de adaptação e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas e para responder rapidamente a perdas e danos.

O papel dos financiamentos e investimentos públicos e privados é crucial para enfrentar esses desafios. “Para que este grupo de trabalho faça a diferença, é imperativo que nos unamos com um objetivo comum: garantir que todo financiamento e investimento, tanto do setor público quanto privado, crie resiliência e aborde as desigualdades,” concluiu o ministro. Ele apelou aos estados membros do G20 e aos parceiros do conhecimento para ajudar a implementar esses princípios de alto nível, essenciais para transformar intenções em ações concretas e eficazes. “Juntos, podemos construir um futuro mais resiliente e justo para todos.”

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