qua. out 16th, 2024

Evelyn, uma jovem de apenas 15 anos, está há 8 meses atuando como aprendiz na biblioteca do Serpro, uma empresa pública federal de processamento de dados. No dia a dia, ela realiza tarefas como leitura de e-mails, digitalização de documentos, recepção e empréstimo de livros. Porém, seu aprendizado vai muito além das funções práticas: a experiência está moldando sua independência e responsabilidade, preparando-a para se tornar uma grande profissional no futuro.

Para Evelyn, essa oportunidade significa mais do que uma simples experiência de trabalho. Além de ser sua primeira incursão no mercado profissional, ela também consegue contribuir financeiramente em casa, utilizando a bolsa que recebe para ajudar seus pais e satisfazer seus próprios desejos pessoais, como comprar produtos de beleza.

Assim como Evelyn, milhares de jovens brasileiros têm a chance de iniciar suas vidas profissionais através do programa Jovem Aprendiz. Somente no primeiro semestre deste ano, 58.656 jovens obtiveram sua primeira experiência com carteira assinada graças a essa iniciativa, o que representa o melhor resultado histórico para o período, com um aumento de 8,39% em comparação ao mesmo período de 2023.

Atualmente, o Brasil conta com 614.575 jovens aprendizes, sendo que 66,3% deles têm até 17 anos, 51,7% estão no ensino médio, e 52,6% são mulheres. Criada em 2000, a Lei do Jovem Aprendiz exige que empresas de médio e grande porte contratem entre 5% e 15% de aprendizes em relação ao seu quadro de funcionários. Os jovens contratados devem ter entre 14 e 24 anos e estar frequentando a escola, com todos os direitos trabalhistas garantidos, como salário mínimo proporcional, FGTS, 13º salário, vale transporte e férias coincidentes com as escolares. O contrato tem duração de até dois anos.

Investir no potencial produtivo das juventudes é uma prioridade do governo do presidente Lula. A combinação de educação, qualificação profissional e trabalho de qualidade é vista como essencial para o desenvolvimento de um Brasil do qual todos possam se orgulhar. Para fortalecer ainda mais a inserção dos jovens no mercado de trabalho, o Ministério do Trabalho e Emprego, em parceria com a Fundação Roberto Marinho, lançou a coalizão Aprendiz Legal. Essa iniciativa permitirá que jovens busquem vagas diretamente nos centros educacionais, que também oferecerão suporte pedagógico, monitoramento e avaliação das oportunidades de emprego. Além disso, os jovens poderão acessar cursos complementares, assegurando todos os direitos trabalhistas e suporte na formação profissional.

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